segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Extrusadas, Sementes Suplementos e Premix - Artigos Técnicos

Salvem Amigos, devido aos constantes debates sobre extrusadas, premix e sementes começamos uma pesquisa sobre artigos técnicos explicando qualidade, perdas de nutrientes e outros. Começaremos por um artigo encontrado no site kennelclub.com.br.

Suplementos e Premix - Adorados Pelos Criadores, Rejeitados Pelas Indústrias De Ração e Uma Dúvida Para Os Veterinários


A facilidade em aceitar que não é necessária a utilização de suplementos em pequenos animais se torna clara ao observarmos que não existem parâmetros palpáveis para se observar as diferenças atrativas a curto prazo na suplementação, geralmente num pet sem atividade física nós avaliamos volume de fezes, pelagem, estado geral. O organismo dos animais, assim como o nosso, é um complexo sistema de engrenagens que se relacionam entre si e, ao mesmo tempo, com o mundo exterior. O mau funcionamento de qualquer parte desta integração gera problemas com conseqüências do tipo dominó. Em nutrição de pet todos os estudos são realizados considerando-se homeostasia orgânica (condições perfeitas de temperatura, umidade, higiene e etc.) o que na realidade na maioria das vezes não acontece.

Rações precisam ser extrusadas, premix de vitaminas e minerais participam deste processamento, o que diminui a expectativa de absorção efetiva destes ingredientes devido a temperatura elevada e a predisposição a ligações inseparáveis entre algumas vitaminas e minerais. O Brasil é muito grande, existem diferenças climáticas bastante expressivas entre as regiões, o que torna variável a quantidade ingerida de alimento por um animal e conseqüentemente de aminoácidos, vitaminas e minerais.

A sistemática de administração das rações também pode alterar sua eficiência na absorção: freqüência, horários, maneira de o animal ingerir, mistura com outros alimentos....são muitos fatores.... biologia não é matemática !!!!!!

Outro exemplo é a ração úmida (em lata) a qual predispõe maior quantidade de vitaminas lipossolúveis na camada de gordura, o que revela a dificuldade de homogenização deste tipo de produto.

É preciso atuar prevenindo, porque a sobrevivência do animal depende do equilíbrio, da busca da adaptação e da capacidade do corpo se ajustar as mudanças do ambiente. Caso o animal esteja mal adaptado fisicamente aos agentes estressantes fica vulnerável e pode não responder devidamente a atividades extenuantes tornando-se debilitados.  O objetivo na nutrição ao absorver adequadamente aminoácidos, vitaminas e minerais e utiliza-los para obter energia, reconstruir e regular os processos orgânicos nos bilhões de células do organismo. A falta de um destes ingredientes predispõe aos bloqueios na atividade de enzimas, hormônios e diversos outros mecanismos da fisiologia do organismo.

O MEDO DO ABUSO

Trabalhos encontrados em "Tolerance of Vitamin in Animals"e nos "N.R.C" de diversas espécies demonstram que excessos de vitaminas e minerais podem ocorrer utilizando-se por mais de 4 a 6 meses doses de cinco a dez vezes maiores do que a recomendada, o que em pequenos animais só se demonstrou a nível experimental. Alguns dos suplementos de fórmulas complexas (aminoácidos, vitaminas e minerais) existentes no mercado podem com segurança ser utilizados em rações nacionais, elevando níveis destes micro-nutrientes próximos aos encontrados em rações importadas. Suplementos a base de glicose, aminoácidos e vitaminas hidrossolúveis, podem ser utilizados com segurança associados a qualquer tipo de ração O alvo está na busca do equilíbrio geral desta complexa engrenagem que é o organismo do animal. Mesmo quando a preocupação é puramente de ordem estética, é preciso entender que soluções reais surgem a partir de saúde.

AMINOÁCIDOS X PROTEÍNA (do grego PROTUS – PRIMÁRIO)

Hoje um grande argumento de superioridade das dietas balanceadas para pequenos animais e a quantidade de proteína. Podemos comparar a estrutura de uma proteína com a de uma palavra, onde cada letra corresponde a um aminoácido. Apesar de naturalmente serem encontrados mais de duzentos aminoácidos, somente vinte deles através de várias combinações, compõe as proteínas de todos os tecidos e órgãos do corpo animal. Destes vinte aminoácidos, alguns são de extrema importância na dieta, pois, o animal não sintetiza, são eles: lisina, triptofano, histidina, leucina, valina, fenilalanina, treonina, isoleucina, arginina e metionina
A qualidade protéica dos alimentos, ao contrário do que se pensa, não se mede pela porcentagem de proteína deste alimento e sim pela quantidade, qualidade e disposição dos aminoácidos na cadeia protéica (AMINOGRAMA). Um bom exemplo é a Farinha de Penas, esta farinha tem excelente porcentagem de proteína bruta (80% - mínimo), mas sua composição de aminoácidos é muito ruim, basicamente estão presentes em maior quantidade apenas cistina e cisteína. Muitos alimentos usualmente utilizados na alimentação de pequenos animais, tem grandes deficiências em aminoácidos essenciais. Ao fornecer para o animal o alimento extrusado, apenas sabemos a porcentagem de proteína dos rótulos, mas os níveis de aminoácidos são bastante variáveis a cada lote porque a legislação permite a utilização de ingredientes que constam em rótulos como eventuais substitutos que talvez possam ser utilizados muito mais do que eventualmente. Como nos rótulos o objetivo é atingir a porcentagem de proteína, muitas vezes não ficamos sabendo que alimentos estão sendo usados nesta dieta.
M.V. Ronald Glanzmenn. Matéria Extraída do Site www.kennelclub.com.br.